sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Leitura nada inocente

Tenho que confessar que faz muito tempo que não pego num livro. O Razão e Sensibilidade ainda está pela metade, e ainda há outros dois na fila de espera. Não vou nem comentar sobre As Crônicas de Gelo e Fogo que é pra não passar vergonha. Mas então eu acabei encontrando no quarto do meu irmão (xeretando os livros dele, claro) uma belezinha que li quando tinha 14 anos e achei super depravado. Quer dizer, nem tanto. As minhas amigas na época que acharam, até foram falar pra professora de português que eu estava lendo aquilo. Pra minha vitória ela olhou pras meninas e disse " João Ubaldo? Pode ler, isso é cultura.". Hahaha, adorei a cara delas depois dessa.


O nada inocente livro se chama A Casa dos Budas Ditosos. E olha, eu creio que não seja recomendado para menores de 18 anos. Mas cada um é cada um, cada um lê o que quer, cada um veste o que quer e assim vai...
A Casa dos Budas Ditosos é narrado em primeira pessoa, e quem conta a história é uma senhora já de idade avançada. Ela decide contar toda a história de sua vida em relação ao sexo. Uhum, sexo. O livro faz parte de uma coleção chamada Plenos Pecados, onde ele é a luxúria. Devo alertar que o livro inteiro cheira a suor, a prazer desmedido, a sexo. Sexo por sexo, sexo sem amor, tudo que que deixa os puritanos horrorizados. E sim, é uma leitura gostosíssima, em todos os sentidos.


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Coisas da vida que não entendo

Hoje à tarde uma amiga da faculdade chegou parecendo papel ofício de tão branca. O motivo da aflição toda era que - se segura aí - uma amiga de sua mãe a viu num lugar em que ela não havia avisado que estaria. Ela tinha ido encontrar o namorado, e para sua mãe ela havia ido resolver uma bronca na faculdade. E aí se instalou o caos. Sua mãe descobriu que ela havia mentido. A garota parecia que iria morrer. A garota em questão tem quase vinte anos na cara.
Certo, ela mentiu para a mãe, eu compreendo, é errado, é feio. Mas o que me indigna é o motivo dela ter mentido. É que seus pais são - como ela mesmo os intitula - Lampião e Maria Bonita gospel. Eles sã evangélicos, todos em sua casa, de algum segmento do qual não me lembro - não sou ligada a religião. Não há nenhum problema em seguir uma religião, nem tô falando disso na realidade. Mas é que essa minha amiga não sabe, não conhece, o que é ter liberdade.
Seus pais a deixaram para baixo quando souberam que ela estava namorando. Seu segundo namorado. Seu pai a chamou de 'cadelinha que não pode ver um macho que sai correndo atrás'. Sua mãe, sempre omissa a essas questões e submissa a seu marido, não a defendeu. 
Outra vez mais ela foi se encontrar com o namorado, e seu pai voltou a lhe falar todas essas atrocidades que não sei de onde surgem, mas dessa vez ele decidiu falar do namorado dela. Disse que ele era professor, que não tinha futuro, que não iria conseguir sustentá-la.
Até que a situação num dia desses chegou ao extremo. Ela por um segundo levantou a voz e disse que estava cansada de ser xingada na própria casa - e eu fiz uma festa quando ela me contou isso. E seu pai, um cara que pelo que ouço bem arrogante, avançou nela. Por sorte sua mãe entrou no meio e ela só teve o lábio inferior machucado - sorte, puf. Ela tem um irmão de 16 anos, que durante toda a confusão decidiu ficar jogando video game. Ela ameaçou sair de casa, mas sua mãe a impediu. Fiquei abismada com tudo que ocorreu e chateada por não estar por perto na hora para dar apoio.


Nós cursamos engenharia. Não vejo necessidade em momento algum que um homem nos sustente futuramente, estamos estudando para poder andar com as próprias pernas. Não consigo entender qual o problema desse homem, que se intitula pai, mas faz questão de chamar sua própria filha de vagabunda. Não entendo o porquê de seus pais implicarem com seu namorado - que não é nenhum cara que alguma vez ouse pensar em batê-la - já que eles mesmo começaram a namorar mais cedo do que ela.

Simplesmente não entendo pais que não apoiam seus filhos, ou homens que se intitulam homens fazendo idiotices como essa.

Alguém me explica isso?

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Ideias para presentes - Dia dos namorados


O dia dos namorados tá bem pertinho já, e nesse ano vai ficar aquela confusão de abertura da copa do mundo no mesmo dia em que é comemorado o dia dos namorados. Mas pra tudo se encontra um jeitinho, principalmente quando se trata de amor. E pra você que ficou na dúvida até agora sobre o que dar de presente separamos uma lista bem legal e bem criativa. Até porque é sempre bom sair daquela velha história da almofada com 'I Love You'.







1. Kit Scrapbook, da Donna Dolce
2. Pingente Ying Yan, da Daniele Dessin
3. Porta bijoux, da Imaginarium
4. Mural de fotos, da Uatt?
5. Porta retrato, da Imaginarium
6. Jogo tampinha ao alvo, da Imaginarium
7. Plugin de dois fones, da Uatt?
8. Almofada alto falante, da Uatt?
9. Luminária ENTER, da Uatt?
10. Almofada agarradinhos, da Uatt?
11. Almofada Avada Kedavra, da Nerd Universe
12. Camisa Solemny, da Nerd Universe  
13. Coleção Pedro Almodóvar, na Livraria Cultura
14. Toda Poesia - Paulo Leminski, na Livraria Cultura
15. Pen drove Obi-Wan Kenobi, na Livraria Cultura
16. Box O Hobbit e O Senhor dos Anéis, na Livraria Cultura

Filmes do mês de maio



Maio sim, porque maio é um dos meses mais longos para mim e também porque foram ótimos os filmes que assisti. Um boa dose cultural durante todo esse mês. E o melhor, foram gêneros tão distintos que fica quase impossível não gostar de nenhum dessa pequena listinha.


De Caso Com o Acaso
O filme narra a história de Helen Quilley, uma jovem que é despedida do trabalho por um motivo mínimo. Com isso ela volta mais cedo para casa, mas as portas do metrô se fecham. A partir daí o filme começa a ter histórias paralelas mostrando o que aconteceria se Helen tivesse pego aquele metrô. Em uma realidade Helen consegue entrar no metrô e se decepciona ao ver a cena em sua casa; em outra a protagonista acaba perdendo o metrô, é assaltada e passa a ter uma vida desgastante para sustentar a si e ao marido.



Stoker
Após a morte do pai, a adolescente excêntrica India Stoker começa a conviver com o tio Charlie , que ela nem sabia que existia. O homem tem um caso com a venenosa mãe da garota, Evelyn Stoker e ainda carrega segredos obscuros sobre o destino da menina. O melhor desse filme é a direção de fotografia, é sem dúvida alguma um das melhores que já vi. 


Mansfield Park
Aos dez anos Fanny Price é enviada por sua mãe, que não tinha condições de criá-la, até a casa de seus tios, Sir Thomas e Lady Bertram. Quando mais nova sempre carregou consigo a sensação de que ela era o parente necessitado. Mas isso logo muda quando está perto de seus 18 anos e Sir Thomas viaja à negócios. Fanny então começa a se permitir e a se divertir como nunca antes. Até que então Henry Crawford e Mary Crawford aparecem em Mansfield Park, onde passam a ser seus vizinhos. A partir daí Fanny começa a lutar contra seus sentimentos, já que seu primo Edmund - por quem nutre um grande sentimento - se apaixona por Mary, enquanto Henry vive a pedi a senhorita Price em casamento.


La Cara Oculta
Adrián, um músico da Orquestra Filarmônica de Bogotá, e a sua namorada Belén estão muito apaixonados. Porém quando Belén começa a duvidar da sua fidelidade, desaparece sem deixar nenhum rastro. Aflito, Adrián encontra consolo tanto na música como nos braços de Fabiana, uma jovem funcionária de restaurante. Mas à medida que cresce a paixão entre eles, começam a surgir perguntas sobre o misterioso desaparecimento de Belén.
É de longe o filme que mais me deixou aflita nesse ano.


Para Roma Com Amor
O longa é dividido em quatro segmentos. Em um deles, um casal americano viajam para Roma para conhecer a família do noivo de sua filha. Outra história envolve Leopoldo, um homem comum que é confundido com uma estrela de cinema. Um terceiro episódio retrata um arquiteto da Califórnia que visita a Itália com um grupo de amigos. Por último, temos dois jovens recém-casados que se perdem pelas confusas ruas de Roma.


quinta-feira, 13 de março de 2014

Do segundo sexo

A segunda cena mais bonita relacionada a gêneros que já presenciei foi aos dezoito anos, numa classe de Sociologia Geral. Quando o Prof. Amaro Braga disse a um calouro que se ele continuasse a repetir que há “diferenças biológicas entre homens e mulheres que impedem um gênero ou outro de exercer certas profissões” ele não precisaria retornar às aulas, pois estaria automaticamente reprovado.
A primeira foi quando, estando ocupada, meu irmão mais velho pediu que eu fizesse o jantar e meu irmão mais novo, de sete anos, perguntou “por quê? Porque ela é mulher? Ou você não tem mão? É porque não sabe cozinhar? Devia aprender. Comer é uma ‘necessidade básica’”. E eu vi que ele era capaz de surpreender com muito mais do que novos vocábulos bem-colocados.
Me deixa curiosa quando dizem “pra que um 8 de Março? Pra que um dia das mulheres? Por acaso tem dia dos homens?”. Como a clássica “pra que um dia da consciência negra? Por acaso tem dia da consciência branca?”. Uma dessas ocasiões em que você precisa respirar muito fundo e dizer com a paciência de quem explica a uma criança por que não se deve atravessar a rua sem olhar para os dois lados: “opressão, militância, mortes, minorias, machismo? Algum dia, você ouviu falar?”.
Eu ainda estava na terceira ou quarta série do ensino fundamental quando tive de fazer um seminário sobre as mulheres da fábrica de 1857, e recuso a crer que alguém que haja passado por uma escola também não o tenha feito em algum momento. Recuso crer até mesmo que alguém que tenha ouvidos não tenha escutado de algum conhecido sobre tal coletivo homicídio e suas causas. Que qualquer pessoa, estando numa universidade, independente da área, não tenha trombado no fato histórico ou em algum texto de Simone de Beauvoir. Que, tendo acesso a internet, ainda não tenha se deparado com uma página feminista.
Igualmente recorrente ao “pra que um 8 de Março?” é o famoso “não sou feminista nem machista, é tudo tolice”. Dos muito espertos que não sabem o que são antônimos, misoginia ou misandria, muito menos femismo (oh, yeah, sem o “in” depois daquele m). Dos muito espertos que acreditam de olhos bem fechadinhos que feministas odeiam homens, ou que “essas mulheres ficam querendo provar que valem tanto quanto nós e tentam roubar nossos cargos e salários” - porque uma mulher não pode querer um melhor salário ou um cargo por si, ela quer porque, batendo o pé nº 35 no chão, aquele é um “cargo de homem”. É claro.
É muito atrevimento prum segundo sexo só.
De ver homens se sentirem “oprimidos” porque mulheres “resolveram” achar que cantadas são algo ofensivo. Porque verdadeira opressão não é ouvir aos dezesseis anos, de um total desconhecido, que esses tais dezesseis anos foram “muito bem vividos”.
De aturar, todos os dias, repetirem, como quem segura um relógio e balança numa tentativa de efeito hipnótico, que não há machismo.
Não há machismo, não.
Quando garotas de oito anos preferem o suicídio ao casamento obrigatório, no Oriente Médio, e uma mulher sofre estupro coletivo da comunidade em que vive porque engravidou de um estuprador. Quando é preciso ouvir dos jornais nacionais sobre o suposto, sempre suposto, estupro daquela garota que saiu do baile funk. Que, afinal, sempre alguém sussurra, “baile funk não é lugar de mulher direita”. Que ainda é preciso ouvir que há tipos de mulher: mulher de respeito, mulher pra casar, mulher pra curtir, mulher pra pegar, mulher pra só olhar e zoar porque, afinal, “mulher gorda é sempre engraçada”.
"Aquela saia? Muito curta. Muito longa. Ela não tem corpo pra isso. Ela tem corpo demais. Tá pedindo pra nenhum homem a olhar. Tá pedindo pra ser comida."
A frase mais desprezível que ouvi nos últimos dias é de uma senhora não Diante, mas sentada no Trono e dizendo “a filha daquele irmão passou em primeiro lugar em Medicina no vestibular, mas não sabe pregar um botão!”. Sem levar em conta a sabedoria concorrente que ouvi, hoje, 7 de Março, de um policial: “uma chave que abre muitas fechaduras é uma chave-mestra, uma fechadura que abre pra todas as chaves não tem nada de especial”. Ele havia dito, antes, que as mesmas mulheres que pegaram dez homens no carnaval, agora vão correr atrás de namorado e postar frases de amor em rede social. “Quer pagar de puta? Pague, mas aceite que nenhum homem irá te valorizar. Quer ser santa? Seja santa realmente e terá vários homens atrás de você.”
É impossível que apenas eu, lendo aquilo, tenha sentido vontade de vomitar.
O que eu cresci ouvindo de vários lados é que “homem não gosta de mulher rodada ou muito atrevida”. O que eu peço, crescida, é “senhor, piedade pra essa gente careta e covarde”.
Eu tenho um sinal de nascença acima da pálpebra esquerda. Minha avó tem um sinal de sangue no olho esquerdo que, palavras dela, foi “herança do seu avô”.
Claudia
PS: Lugar de mulher não é no tanque. De lavar roupa ou de guerra. Lugar de mulher é onde ela quiser estar. Eu escolhi um laboratório químico acadêmico. Ingrid escolheu desenhar e costurar, lá no Paraná.


Claudia Calado

quinta-feira, 6 de março de 2014

Despedida (?)

Oi gente bonita! A notícia de hoje é meio ruim ):
Eu to deixando o blog! Trabalho, estudo, amigos, família e vida pessoal... não to conseguindo, infelizmente!
Quero deixar meu muito obrigada à vocês, às meninas, ao Meu Eu Particular. Muito, muitíssimo obrigada!

Amo vocês, de verdade! <3

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Projeto 52 Weeks

OI BELEZURAS DA MINHA LIFE!
Tava com taaaaaanta saudade de postar aqui! (Tem post sobre minha viagem vindo por aí, mas vou postar esse só pra postar mesmo hahahaha)
Bom, deixe-me explicar o que é o "Projeto 52 Weeks": 1 foto por semana do ano. Eu, Pollyana, resolvi participar e mostrar pra vocês como está sendo. Não tem um tema específico, posta aquilo que estiver no seu coração (e na sua biblioteca de fotos hahahahah). As fotos podem ser postadas na rede social de sua preferência. Vou mostrar pra vocês minhas três primeiras fotos - êêêêêêê - que estou postando no meu instragram!

Week 1: Selfie. Só pra começar hahahahahaha


Week 2: Chegamos no restaurante mexicano, lindas e maravilhosas de branco quando deparamos com: LUZ NEGRAAAA! Sério, toda sanidade mental foi embora quando vimos que estávamos refletindo e tals u_u (Participação de Marininha linda, te amo Paixão s2)


















Week 3: Nessa, eu estava voltando de viagem (leia-se chorando muito) e vi esse céu maravilhoso! Não resisti: catei o primeiro papel que eu tinha dentro da bolsa e tcharãn! hahahahaha

 

E é isso aí! A da week 4 (que eu ainda não postei) são livros. Só pra variar né kkkkkk

Pessoas bonitas, depois eu volto com o post da viagem! Amo vocês s2